sábado, 23 de julho de 2011

Os quase seis anos de Caminhadas



A Caminhada Noturna pelo Centro da cidade de São Paulo, a princípio idealizada por Carlos Beutel como passeios no período da tarde que seguiriam roteiros pré-definidos, no decorrer desses quase seis anos tornou-se um evento que integra os âmbitos social e cultural da cidade.

Cada espaço da cidade tem uma história e uma dinâmica, essas influenciadas direto ou indiretamente por contextos históricos mais amplos e complexos. Compartilhar com os paulistanos alguns aspectos dessas histórias através de passeios em grupo é uma forma de proporcionar aos mesmos uma experiência que jamais seria vivenciada dentro de uma sala de aula, museu ou de uma biblioteca.
A cidade de São Paulo tem muito a dizer a seus moradores e visitantes, por algumas décadas – entre finais do século XIX e inícios do XX - o progresso refletido pelo estabelecimento de fábricas e indústrias fez dela um lugar apropriado para os imigrantes estrangeiros e posteriormente para os nordestinos e nortistas que buscavam por melhores oportunidades de trabalho. Essas imigrações influíram na diversidade étnica, cultural, entre outros, de ser paulistano. Dessa maneira, o ser paulistano pode ser entendido como, simplesmente, sentir-se paulistano.

Para além dos clichês, a linha que separa o passado do presente é muito tênue e para alguns urbanistas, por exemplo, a história de uma cidade não contribui somente para o conhecimento do passado e preservação de seu patrimônio histórico, mas possibilita que o presente seja considerado em uma perspectiva correta, o que colabora com o futuro do ambiente urbano uma vez que ele pode ser projeto com maior consciência e responsabilidade.

Não muito distante disso, as despretensiosas caminhadas pelo centro da cidade são uma opção de lazer como também dizem respeito aos novos elementos ligados às definições e políticas em torno do patrimônio histórico e cultural de uma sociedade.

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